sábado, 2 de junho de 2012

Estão todos [MUITO] ocupados!

  Lembro de um dia que estava com um sentimento muito ruim sobre um acontecimento, então decidi procurar algumas pessoas bem próximas para poder compartilhar um pouco. A conversa não foi lá como eu esperava, resumindo foi mais ou menos assim:
- Alô?
- Alô, fulana? Oi, é Andreia, tudo bem?
- Oi, fulana, que bom que você ligou, estava mesmo querendo falar contigo. Lembra daquela coisa que pedi pra você me ajudar (...)
 Andreia do outro lado da linha ¬¬


Decidi então ir no facebook então, por telefone tava um pouco "brabo". Chamei uma outra pessoa e comecei o papo.
- Oii! Que bom que você está on...
- Olá, tudo bem?
- Mais ou menos, esses dias aconteceram umas coisas não muito legais (...)
Então ela me corta e diz: - Poxa Andreia, chato né? Comigo também aconteceu (...) (...) (...) (muitos ...)


Nesse dia cheguei a uma conclusão: ESTAMOS TODOS OCUPADOS DEMAIS! Até então normal, mas e se não tiver quem nos ouça, como fica meu bem? Pense comigo, se eu liguei, foi somente pra ouvir ou pra falar também? Porque achar que receberia uma ligação apenas para meus próprios interesses? Não posso oferecer meus ouvidos para desabafo de alguém? E é assim damos passos cada vez mais largos para o sentimento egoísta.
Confesso que sou do tipo de pessoa que gosto de ouvir, principalmente a observar os gestos enquanto a pessoa fala, acho incrível (risos). Mas, até as pessoas mais tímidas e quietas desejam compartilhar algo, talvez menos coisas, mas não isenta esse desejo. 


 Chego a pensar que o questionamento "tudo bem?" ficou apenas uma forma de ser educado, sabe? Mecânico digamos assim. Um protocolo para então começarmos a soltar o que realmente estou afim, não estamos realmente nos importando da resposta que vem a nossa pergunta. 


 Reparo também em algumas conversas que as pessoas parecem está concorrendo ter a palavra, esperando apenas uma pausa para começar a falar, não atenciosos a ouvirem, se for uma conversa com várias pessoas então que o "bicho pega", você precisa ser rápido, senão ficará várias rodadas sem falar.


 Não sei quantas pessoas cruzam o seu caminho, quantas te pedem um conselho, ou desejam sua companhia, mas desejo que sejamos, eu e você, pessoas parem para falar e principalmente para ouvir, não só educadamente, mas interessado realmente na resposta do "tudo bem?". 


 Nem sempre em muitas palavras. Mas desejo que no gesto o cuidado pelo próximo esteja em nós, TODOS os dias.




 Pense nisso!






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