Queres, pra que te quero?

  Pra mim querer é uma coisa involuntária. Eles aparecem assim, fácinho, fácinho! Quero muito, tudo ao mesmo tempo as vezes, muitas das vezes... Quero viajar pra longe, quero um telefonema, quero novos sapatos, quero me formar esse ano, quero um namorado, quero quero quero! Quero, realizo, e dobro os queres. E quando não realizo? Ai que se esconde o problema!

  Dona Val, senhora minha mãe, me contava que quando eu era pequena e queria alguma coisa, eu pedia várias vezes até consegui, vencia ela pelo cansaço, que beleza! Mas fui crescendo e aprendendo que se todo sim ou não viessem apenas dela tudo estava resolvido! Mas a vida me esperava, com os tantos sins e nãos.




  Hoje posso dizer que não diminui os queres por medo do não, percebi que precisava apenas ARRISCAR MAIS! Querer e ir a luta, não apenas dizer a mim mesma o quanto desejo aquilo. E assim como eu quero, outras pessoas esperam algo de mim também, que eu sinta falta, ouça, dê uma oportunidade a alguém no meu trabalho, e tal. 


 Posso dizer que aprendi que o querer é apenas o primeiro passo!




Arriscar é viver
(Soren Kiekegaard)

"Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor
o seu eu verdadeiro.
Expor suas idéias e sonhos em público
é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir,
crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas,
abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...
Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."